'Como é possível sermos tão diferentes e ao mesmo tempo sermos tão iguais?'
Vejo as folhas que caiem em tempo de Outono...
Caiem à água
e deslizam...
e deixam que a sua alma fique,
que a sua alma se materialize.
Tantas cores,
tantas formas...
No entanto, que seres tão iguais...
O vento passa e leva consigo o meu ser.
Leva-me a ver barreiras,
a ver muralhas...
Leva-me pelo rio
e deixa-me a sorrir.
São as memórias das folhas.
São as memórias do que quero agarrar.
São simplesmente graças brancas,
banhadas pelo azul do sol reflectido na água.
Ainda assim,
junto ao rio eu penso, escrevo e leio
a memória que traz o vento das pequenas coisas que guardo agora
para depois voltar a pensar, a escrever e a sentir no vento...